O contrato conhecido como Supermax, oficialmente denominado Designated Veteran Player Extension, entrou em vigor na NBA em 2017. Esta medida visa possibilitar que equipes de menor porte mantenham suas estrelas por períodos mais prolongados, oferecendo atraentes incentivos financeiros. Destinado a jogadores que alcançaram altos patamares de desempenho e reconhecimento na liga, o Supermax estabelece requisitos rigorosos para sua elegibilidade.
Para ser elegível ao contrato Supermax, um jogador deve atender a certas conquistas específicas. É exigido que tenha sido selecionado ao menos uma vez para a All-NBA Team nas três temporadas anteriores ou ter recebido o título de MVP ou Jogador Defensivo do Ano ao menos uma vez dentro desse mesmo período. Além disso, é necessário que o jogador tenha iniciado sua trajetória na NBA com a equipe que planeja oferecer a extensão.
Os critérios para se qualificar ao contrato Supermax são criteriosos. O jogador deve ter permanecido na mesma equipe desde seu recrutamento inicial e estar em sua oitava temporada na NBA. Adicionalmente, é preciso que tenha sido nomeado para a All-NBA Team na temporada anterior ou em duas das três temporadas anteriores. De forma alternativa, o jogador pode ter sido nomeado MVP ou Jogador Defensivo do Ano da NBA ao longo desse mesmo período.
Essas restrições asseguram que somente os jogadores que demonstrem uma consistência excepcional em um nível extremo sejam fortemente considerados para os contratos supermax. Esse tipo de contrato não apenas beneficia os atletas, mas também pode fortalecer a competitividade das equipes que não possuem a mesma atratividade de mercado que as grandes cidades.
O contrato Supermax foi concebido com o propósito de reter os talentos mais destacados em uma equipe específica. Contudo, caso um jogador sob esse contrato seja negociado, ele automaticamente perde a elegibilidade para receber a extensão em sua nova equipe. Isso se dá porque uma das principais condições para o contrato é que o jogador tenha sido selecionado no draft pela equipe oferecendo a extensão.
Foi exatamente isso que ocorreu no caso de Luka Doncic. Ele tinha a oportunidade de firmar o contrato Supermax com o Dallas Mavericks, mas viu essa possibilidade escapar após sua transferência para o Los Angeles Lakers. Com essa troca, Doncic percebeu uma redução significativa em seu potencial ganho, uma vez que o novo contrato com os Lakers seria incapaz de oferecer as mesmas condições financeiras.
A decisão de negociar Luka Doncic foi influenciada por uma combinação de fatores, com destaque para suas frequentes lesões e preocupações quanto à sua condição física. Na temporada anterior, Doncic esteve presente em apenas 22 partidas devido a lesões, gerando incertezas sobre sua capacidade de manter o nível de desempenho esperado de um jogador sob contrato supermax.
Ademais, o substancial salário representado pelo contrato supermax foi outro aspecto crucial. Embora seja uma das figuras mais proeminentes da NBA, o encargo financeiro de manter Doncic sob essa extensão poderia comprometer a flexibilidade salarial do Mavericks, dificultando a atração ou a retenção de outros talentos fundamentais.
A troca envolvendo Luka Doncic e Anthony Davis entre Mavericks e Lakers surpreendeu muitos observadores, incluindo os próprios jogadores envolvidos. Relatos sugerem que estrelas da NBA, como LeBron James e o próprio Doncic, não foram previamente informadas sobre a negociação. Essa inesperada movimentação provocou diversas discussões entre fãs e analistas da liga, suscitando questionamentos acerca da transparência nas negociações e da comunicação entre as franquias e seus líderes competitivos.
No desfecho, a troca refletiu escolhas estratégicas de duas equipes distintas. Enquanto o Dallas Mavericks buscava mitigar preocupações financeiras e de saúde, o Los Angeles Lakers identificaram uma oportunidade de adicionar um talento excepcional ao seu plantel, com potencial para alterar a dinâmica da equipe nos próximos anos.
